terça-feira, 12 de maio de 2009

Autismo

O Autismo é uma desordem global do desenvolvimento neurológico, é uma alteração cerebral que afecta a capacidade da pessoa comunicar e estabelecer relacionamentos com tudo o que os rodeia.

Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, algumas apresentam também retardo mental, ou importantes atrasos no desenvolvimento da linguagem.

O Autismo é mais conhecido como um problema que se manifesta por um alheamento da criança ou adulto acerca do seu mundo exterior encontrando-se centrado em si mesmo, ou seja, existem perturbações das relações afectivas com o meio.

A maioria das crianças não fala e, quando falam, é comum a ecolalia (repetição de sons ou palavras) e inversão pronominal.

O termo autismo refere se às características de isolamento e auto-concentração das crianças.

É universalmente reconhecida a grande dificuldade que os autistas têm em relação à expressão das emoções.

Foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, trabalhando no Johns Hopkins Hospital. No mesmo ano, também o austríaco Hans Asperger descreveu, na sua tese de doutorado, a psicopatia autista da infância.

A palavra "Autismo" foi criada por Eugene Bleuler, em 1911, para descrever um sintoma da esquizofrenia, que definiu como sendo uma "fuga da realidade". Kanner e Asperger usaram a palavra para dar nome aos sintomas que observavam nos seus pacientes.

A observação e trabalho com crianças autistas mostra que elas têm uma compressão demasiado grande ao nível da cabeça. Isto pode equivaler a ter a cabeça colocada num torno. Quanto maior for a compressão dos tecidos cerebrais maior é o sofrimento destas crianças. Com tamanha compressão é mais do que óbvio que a criança ou adulto não consegue interagir com o meio pois está demasiado absorvido com a sua dor e com o seu desconforto.

Ninguém consegue estar bem nem interagir com o meio se está demasiado desconfortável.

Nem todas as pessoas com autismo apresentam as mesmas características. O autismo tem vários níveis, desde os mais graves (o autismo típico, que as pessoas geralmente pensam) até os casos mais subtis.
As características mais comuns do Autismo são:

-Dificuldade acentuada no uso de comportamentos não-verbais (contato visual, expressão facial, gestos);
-Sociabilidade selectiva;
-Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e actividades;
-Preocupação insistente com um ou mais padrões estereotipados (movimento circular, por exemplo);
-Assumir de forma inflexível rotinas ou rituais (ter “manias”);
-Maneirismos motores estereotipados (agitar ou torcer as mãos, por exemplo);
-Preocupação insistente com partes de objectos, em vez do todo;
-Parece surdo, apesar de não o ser;
-Por vezes ataca e fere outras pessoas mesmo que não existam motivos para isso;
-Costuma estar inacessível perante as tentativas de comunicação das outras pessoas;
-Apresenta certos gestos repetitivos e emotivos como balançar as mãos ou balançar--se;
-Mostra-se insensível aos ferimentos podendo inclusive ferir-se intencionalmente.

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